
Osteossarcoma
O osteossarcoma é o tipo mais comum de câncer ósseo primário, geralmente diagnosticado em crianças, adolescentes e jovens adultos, embora possa ocorrer em qualquer faixa etária. Este câncer agressivo afeta principalmente os ossos longos, como o fêmur, a tíbia e o úmero, mas também pode envolver outras áreas esqueléticas. Devido à sua natureza invasiva e à rapidez com que pode se espalhar, a detecção precoce e o tratamento adequado são fundamentais para o prognóstico do paciente.

Sintomas e Diagnóstico
Os sintomas iniciais do osteossarcoma incluem dor e inchaço na área afetada, geralmente piorando com o tempo e à medida que a massa tumoral cresce. Outros sinais podem incluir limitação de movimento, fraqueza e, em casos avançados, fraturas espontâneas devido à destruição óssea.
Quando há suspeita de osteossarcoma, é essencial buscar a avaliação de um ortopedista oncológico, um especialista que possui experiência no tratamento de tumores ósseos. O ortopedista oncológico é responsável por coordenar o diagnóstico, os exames e o plano de tratamento do paciente, frequentemente em colaboração com oncologistas clínicos e oncologistas pediátricos
Exames
Após a consulta inicial, uma série de exames costuma ser solicitada para confirmar o diagnóstico e avaliar o tumor:
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Radiografia: O primeiro exame de imagem utilizado para observar características típicas do osteossarcoma, como lesões líticas (destruição óssea) e formações de novo osso.
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Tomografia Computadorizada (TC) e Ressonância Magnética (RM): Fornece detalhes importantes sobre a lesão, avalia a extensão local do tumor, especialmente em relação aos tecidos moles ao redor do osso afetado, sendo imprescindivel para planejamento cirurgico
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Tomografia por Emissão de Pósitrons (PET-CT), Tomografia de Tórax e/ou Cintilografia Óssea: Utilizada para verificar se o câncer se espalhou para outras partes do corpo, como os pulmões(local mais comum de metastase).
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Biópsia: Fundamental para confirmar o diagnóstico, onde uma amostra do tumor é retirada para análise histológica, determinando o tipo exato de tumor, geralmente realizado com anestesia(sedação) e realizada por agulha.
Tratamento
O tratamento do osteossarcoma é multidisciplinar e normalmente envolve uma combinação de cirurgia e quimioterapia. A escolha do tratamento depende de vários fatores, como a localização do tumor, a presença de metástases e a saúde geral do paciente.
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Cirurgia: A remoção do tumor é o tratamento principal. Em casos em que o tumor está localizado e ainda não se espalhou, a ressecação cirúrgica pode ser realizada com a remoção de parte ou totalidade do osso afetado. A cirurgia conservadora do membro, que preserva a função e a aparência do braço ou da perna, tem sido cada vez mais possível com os avanços técnicos. Em casos mais graves, pode ser necessário realizar uma amputação.
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Quimioterapia: Na maior parte dos casos o osteossarcoma é tratado com quimioterapia, tanto antes (neoadjuvante) quanto após (adjuvante) a cirurgia. O objetivo da quimioterapia pré-operatória é reduzir o tamanho e a atividade do tumor do tumor, facilitando a ressecção e eliminando micrometases( tumor indetectável por exames) Após a cirurgia, a quimioterapia ajuda a eliminar células tumorais remanescentes e reduzir o risco de recidiva. A quimioterapia combina múltiplos medicamentos e pode ser administrada por via intravenosa, geralmente utilizado cateter de longa permanência.
Prognóstico e Seguimento
O prognóstico do osteossarcoma depende de vários fatores, incluindo a localização do tumor, o estágio da doença no momento do diagnóstico e a resposta ao tratamento. Quando detectado precocemente e tratado de forma eficaz, a taxa de cura pode ser alta, especialmente em pacientes sem metástases. No entanto, o osteossarcoma tem uma tendência a metastizar, principalmente para os pulmões, o que pode complicar o tratamento e o prognóstico.
Após o tratamento inicial, o acompanhamento regular é fundamental. Isso inclui exames periódicos de imagem (radiografias, TC, RM) e consultas de acompanhamento para detectar possíveis recidivas ou complicações tardias, como o impacto funcional da cirurgia no paciente.
Conclusão
O osteossarcoma é um câncer ósseo raro e agressivo que exige diagnóstico rápido e tratamento especializado. A avaliação por um ortopedista oncológico é essencial para o diagnóstico precoce e para a elaboração de um plano de tratamento individualizado, visando a melhor resposta terapêutica e preservação da função do paciente. Com a combinação adequada de cirurgia e quimioterapia muitos pacientes podem alcançar bons resultados, especialmente quando o tratamento é iniciado precocemente.