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Metástases Ósseas

As metástases ósseas são uma evolução frequente em da doença pacientes com câncer, especialmente naqueles com tumores primários de mama, próstata, pulmão, rim e tireoide. Tumores primários de outras origens também podem apresentar metastases ósseas, porem, estes sendo menos frequentes que os subtipos citados. As metastases ocorrem quando células cancerígenas se disseminam do tumor original para os ossos, geralmente pela corrente sanguinea, onde podem causar dor, fraturas, compressão de estruturas, como tendões, nervos, medula causando sintomas debilitantes. O manejo adequado dessas condições é essencial para preservar a qualidade de vida do paciente, e o acompanhamento com um ortopedista oncológico desempenha um papel fundamental em conjunto com Ortopedista Clinico.

 

O ortopedista oncológico é especializado no tratamento de tumores ósseos, tanto primários quanto metastáticos. Seu papel é fundamental no diagnóstico precoce de metástases ósseas, na avaliação do risco de fraturas patológicas e na definição do tratamento mais adequado. Por meio de exames de imagem, como radiografias, tomografias, ressonâncias magnéticas e cintilografias ósseas entre outros, o especialista pode identificar lesões metastáticas e determinar sua extensão e localização e tratamento.

 

Além disso, o ortopedista oncológico trabalha em conjunto com oncologistas, radioterapeutas e outros profissionais de saúde para oferecer um tratamento multidisciplinar, que pode incluir cirurgia, radioterapia, quimioterapia e terapias-alvo. Esse acompanhamento especializado é crucial para prevenir complicações e garantir que o paciente receba o cuidado mais adequado para sua condição.

RX de Bacia com Fratura Patologica por metastase de tumor de Mama(Tratado com Ressecção e

Prevenção de Fraturas Patológicas

Uma das principais preocupações em pacientes com metástases ósseas é o risco de fraturas patológicas, que ocorrem quando o osso, enfraquecido pelo tumor, quebra espontaneamente ou após um trauma mínimo. Essas fraturas podem causar dor intensa, imobilidade e complicações adicionais, como compressão medular ou neural.

 

Para prevenir fraturas patológicas, o ortopedista oncológico pode recomendar procedimentos como a estabilização cirúrgica do osso afetado, utilizando hastes, placas ou parafusos ou ressecçao associada a proteses ou megaproteses. Em alguns casos, a radioterapia é utilizada para reduzir o tamanho do tumor e fortalecer o osso. Além disso medicamentos como bifosfonatos ou denosumabe também pode ser indicado para inibir a reabsorção óssea e reduzir o risco de fraturas.

Endopróteses como Opção Terapêutica

Em casos onde há um comprometimento significativo da estrutura óssea, as endopróteses(mega proteses)podem ser uma excelente opção terapêutica. As endopróteses são dispositivos metálicos ou de outros materiais biocompatíveis que substituem total ou parcialmente o osso afetado, proporcionando estabilidade mecânica imediata(não necessitando aguardar o tempo de consolidação óssea) e alívio da dor, além de muitas vezes dispensar o uso de radioterapia associada. Elas são especialmente úteis em lesões localizadas em ossos longos, como o fêmur ou o úmero, ou em articulações, como o quadril e o joelho.

 

A colocação de endopróteses é frequentemente realizada em conjunto com a remoção da lesão metastática (metastasectomia), permitindo a reconstrução da área afetada e a restauração da função. Esse procedimento é particularmente benéfico para pacientes com expectativa de vida mais longa, pois oferece uma solução duradoura e melhora significativamente a mobilidade e a qualidade de vida.

Metastasectomia

Em situações específicas, a metastasectomia – remoção cirúrgica da metástase óssea – pode ser considerada. Esse procedimento é mais comum quando há uma única lesão metastática (metástase oligometastática) e o paciente apresenta bom estado geral de saúde. A metastasectomia pode ser realizada com o objetivo de aliviar a dor, prevenir fraturas ou, em alguns casos, com intenção curativa, especialmente quando associada a outros tratamentos sistêmicos.

 

A decisão de realizar uma metastasectomia deve ser cuidadosamente avaliada pelo ortopedista oncológico, considerando fatores como a localização da metástase, o tipo de tumor primário, a resposta ao tratamento sistêmico e as condições clínicas do paciente.

Manejo da Dor Oncológica

A dor é um dos sintomas mais comuns e incapacitantes das metástases ósseas. O manejo adequado da dor oncológica é essencial para melhorar a qualidade de vida do paciente e pode envolver uma abordagem multimodal. Medicamentos analgésicos, como anti-inflamatórios não esteroides (AINEs), opioides e adjuvantes, são frequentemente utilizados. Além disso, a radioterapia costuma ser eficaz no controle da dor relacionada a metástases ósseas, dependendo do tipo do tumor primário, podendo proporcionar alívio significativo em muitos casos.

 

Outras opções para o controle da dor incluem técnicas intervencionistas, como bloqueios nervosos, ablações percutâneas e vertebroplastia ou cifoplastia (procedimentos minimamente invasivos para estabilizar vértebras fraturadas). O suporte psicológico e a fisioterapia também são importantes para ajudar o paciente a lidar com a dor e manter a funcionalidade.

Conclusão

As metástases ósseas representam um desafio significativo no tratamento do câncer, mas com o acompanhamento adequado de um ortopedista oncológico e uma abordagem multidisciplinar, é possível prevenir complicações, aliviar a dor e melhorar a qualidade de vida do paciente. A prevenção de fraturas patológicas, a utilização de hastes e de endopróteses, a consideração de metastasectomia em casos selecionados e o manejo eficaz da dor são pilares fundamentais no cuidado desses pacientes. O diagnóstico precoce e o tratamento individualizado são essenciais para garantir os melhores resultados possíveis.

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