
Tumor de Ewing
O tumor de Ewing é um tipo de sarcoma ósseo que predominantemente afeta crianças e adolescentes, embora possa ocorrer em adultos jovens. É uma neoplasia agressiva que geralmente se origina nos ossos, mas também pode se desenvolver em tecidos moles.
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Incidência: O tumor de Ewing é relativamente raro, representando aproximadamente 1% de todos os tumores malignos em crianças e adolescentes. A faixa etária mais comum para diagnóstico é entre 10 e 20 anos, apesar de incomum é uma das neoplasias ósseas mais comuns em pessoas jovens.
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Gênero: Afeta ambos os sexos, mas alguns estudos sugerem uma leve predominância em meninos.
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Localização: Frequentemente encontrado na pelve, fêmur, tíbia e costelas, mas pode afetar qualquer osso.
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Sintomas: Os sintomas incluem dor na área afetada, inchaço, febre, fadiga e, em alguns casos, fraturas.

Causas e Fatores de Risco
Causas: A causa exata do tumor de Ewing não é conhecida, mas acredita-se que as anomalias genéticas, especialmente a translocação que envolve o gene EWSR1-FLI1 , desempenham um papel importante, algumas outras variações genéticas são identificadas e aumentam o risco de desenvolvimento do tumor.
Diagnóstico
O diagnóstico do tumor de Ewing é realizado através de:
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Exame físico: Avaliação dos sintomas e do histórico clínico do paciente.
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Imagens: Raio-X, tomografia computadorizada (TC) e ressonância magnética (RM) contrastados são usados para identificar o tumor e avaliar sua extensão.
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Biópsia: A coleta de tecido para exame histopatológico é crucial para confirmar o diagnóstico.
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Exames laboratoriais: Análise de marcadores tumorais e resultados genéticos, como a presença do rearranjo do gene EWSR1-FLI1, porém outros arranjos genéticos são possíveis.
Diagnóstico Diferencial
É importante diferenciar o tumor de Ewing de outras neoplasias e condições. Algumas condições a serem consideradas incluem:
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Osteossarcoma: Outro tipo comum de câncer ósseo, geralmente mais prevalente em adolescentes e adultos jovens.
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Sarcoma de tecidos moles: O aumento de volume e dor podem ser fatores para mimetizar os sintomas do tumor de Ewing.
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Infecções ósseas (osteomielite): Como a dor e o inchaço podem se assemelhar aos do tumor.
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Tumores benignos: as lesões benignas também podem mimetizar tumores mais agressivos como o Ewing
O ortopedista oncológico desempenha um papel vital no manejo do tumor de Ewing. Suas responsabilidades incluem:
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Avaliação e Diagnóstico: Especialização em identificar e diagnosticar tumores musculoesqueléticos e quais exames devem ser solicitados
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Planejamento do Tratamento: Determinar a melhor abordagem terapêutica em conjunto com o Oncologista Clínico ou Pediátrico que costuma incluir inicialmente quimioterapia, para após realizar tratamento cirúrgico com ou sem radioterapia.
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Tratamento Cirúrgico: O primeiro procedimento necessário é a biopsia para confirmação diagnostica.
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Remoção cirúrgica do tumor quando apropriado, seguindo os princípios oncológicos de margens, de preservação da função e da estética quando possível.
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Acompanhamento: Monitorar a recuperação do paciente e a resposta ao tratamento, além de investigar possíveis recidivas.
Tratamento
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Quimioterapia: Geralmente administrada antes da cirurgia (neoadjuvante) para reduzir o tamanho do tumor e após a cirurgia (adjuvante) para eliminar células tumorais remanescentes. Os regimes de quimioterapia frequentemente incluem medicamentos como vincristina, doxorrubicina e ifosfamida.
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Radioterapia: Pode ser utilizada em casos onde a cirurgia não é viável ou em combinação com a cirurgia para tratar áreas de alto risco de recidiva.
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Cuidados Paliativos: Em casos avançados, onde a cura não é possível, os cuidados paliativos focam na qualidade de vida e no gerenciamento da dor.
Prognóstico
Taxas de sobrevida: O prognóstico varia, dependendo do estágio em que o tumor é diagnosticado. A taxa de sobrevida em 5 anos para pacientes com doença localizada é de aproximadamente 70%, mas essa taxa diminui significativamente se houver metástases no diagnóstico.
Conclusão
O tumor de Ewing é uma condição grave que requer diagnóstico e tratamento rápidos e precisos. O envolvimento de um ortopedista oncológico é fundamental para o manejo adequado e para otimizar os resultados para os pacientes afetados. Se houver suspeita de tumor de Ewing, é crucial buscar avaliação especializada urgentemente.