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Condroblastoma

O condroblastoma é um tumor ósseo benigno raro, composto por células condroblásticas, que geralmente afeta a epífise (extremidade) de ossos longos, como o fêmur, úmero e tíbia. Apesar de ser classificado como benigno, ele pode apresentar comportamento localmente agressivo, causando destruição óssea e comprometendo a função articular. Sua ocorrência é mais comum em crianças e adultos jovens, com pico de incidência na segunda década de vida, e afeta ligeiramente mais homens do que mulheres.

Condroblastoma da cabeça do femur de adolescente.png

Epidemiologia

O condroblastoma corresponde a menos de 1% de todos os tumores ósseos primários. Ele é mais frequentemente diagnosticado em pacientes entre 10 e 25 anos, embora casos em idades mais avançadas também possam ocorrer. A localização mais comum é a região epifisária dos ossos longos, especialmente ao redor do joelho e do ombro. Embora raro, o condroblastoma pode, em casos excepcionais, metastatizar para os pulmões, caracterizando uma variante maligna conhecida como condroblastoma maligno.

Tratamento

O tratamento do condroblastoma é cirúrgico, com o objetivo de remover completamente o tumor e preservar a função articular. A curetagem (raspagem) do tumor seguida de enxerto ósseo ou uso de cimento ósseo é o procedimento mais comum. Além disso,  técnicas adjuvantes, como crioterapia (uso de nitrogênio líquido) ou aplicação de fenol, eletrocautério, laser com argônio podem ser utilizadas para reduzir o risco de recorrência.

Em alguns casos, pode ser necessária a ressecção completa da lesão, especialmente quando há envolvimento extenso do osso ou após fratura patologica.

 

A escolha do tratamento depende de fatores como o tamanho e a localização do tumor, além da idade e condição clínica do paciente. 

Importância do Acompanhamento com Ortopedista Oncológico

O acompanhamento com um ortopedista oncológico é fundamental para o manejo adequado do condroblastoma. Esse especialista possui expertise no diagnóstico, tratamento e monitoramento de tumores ósseos, garantindo que o paciente receba o cuidado mais apropriado. O condroblastoma, apesar de benigno, pode recidivar localmente em até 20- 30% dos casos, especialmente se a ressecção inicial não for completa. Portanto, o acompanhamento regular com exames de imagem, como radiografias e ressonância magnética, é essencial para detectar precocemente qualquer sinal de recidiva.

 

Além disso, o ortopedista oncológico está preparado para lidar com as possíveis complicações do tratamento, como degeneração articular, deformidades ósseas ou fraturas patológicas. O manejo multidisciplinar, que pode incluir fisioterapeutas, oncologistas e radiologistas, também é facilitado por esse especialista, garantindo uma abordagem integral ao paciente.

Conclusão

O condroblastoma, embora raro, é uma condição que requer atenção especial devido ao seu potencial de recidiva e impacto na função articular. O tratamento cirúrgico adequado e o acompanhamento regular com um ortopedista oncológico são pilares essenciais para garantir bons resultados a longo prazo. A detecção precoce de recorrências e o manejo de possíveis complicações são fundamentais para preservar a qualidade de vida do paciente, destacando a importância de um cuidado especializado e individualizado.

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